Efeitos de Iluminação em Projetos Paisagísticos
Não precisa ser um grande admirador da natureza para perceber que as plantas mudam no decorrer do ano. A depender das estações elas caem folhas, brotam, florescem, frutificam, etc. Esta sazonalidade traz grande vivacidade aos projetos paisagísticos pois estes nunca serão iguais e estáticos.
Pensando assim, os jardins mudam não só trimestralmente, mas diariamente. No entorno das 24 horas existe um período de escuridão: a noite; mas este também é um período em que os jardins podem ser usados.
A iluminação adequada em projetos paisagísticos não só traz a viabilidade da vivência noturna ao projeto, mas consegue propor vários efeitos e sensações. Pode ser mistério, romance, alerta, sedução, vibração. Tudo depende da escolha dos objetos luminosos e do posicionamento deles no ambiente.
Neste sentido convido vocês a imaginarem comigo alguns efeitos de iluminação que enriquecem um projeto paisagístico ao nos proporcionar, não somente a beleza dos efeitos visuais da luz, mas também aguçando nossas sensações de estar naquele espaço.
Iluminação como guia. Para esse efeito cujo objetivo é nortear, conduzir percursos logo lembramos dos balizadores. Alguns possuem feixes mais largos que outros. Alguns são de embutir, outros tem design tão discreto que se camuflam na vegetação. Existem para todos os gostos. O fato de balizar um caminho com luz contribui com a sensação de segurança e reconhecimento do espaço, mas com um “charme” que a luz geral não conseguiria.
Iluminação como abraço. Quem não gosta de uma luz indireta e mais amarelada, né!? Um projeto de paisagismo pode abusar dessa luz que aconchega. A dica é usar peças com menor intensidade de luz, mas usá-las em vários pontos espalhados pelo jardim. Posicionados no plano do piso e apontados para cima serão como pequenas estrelas a iluminar as folhagens. Ao contrário, posicionados no plano do piso apontandos para baixo, funcionarão como detalhes esfumaçados no jardim. Para este efeito há uma vastidão de peças de iluminação com estrutura de luz indireta. Desde balizadores até postes.
Iluminação como realçador. Para esse caso recomendo os refletores tipo holofote. Sempre gosto de associar essa iluminação mais poderosa e marcante com espécies também poderosas e marcantes, como as palmeiras, por exemplo.
Iluminação como mistério. Aqui o efeito de luz e sombra é muito característico. Conseguimos esse efeito com spots direcionados contra outros corpos (plantas, estátuas, muros). A vantagem dos spots é que são peças muito simples e disponíveis em diversos tamanhos, intensidades de luz e potência. É possível fazer uma iluminação paisagística completa apenas com spots.
A iluminação como ponto focal. Já pensaram que a luz pode não ser apenas um realçador de algo, mas pode ser o próprio objeto a ser realçado?! Neste caso, quando a luz funciona como ponto focal o que mais importa naquele espaço do jardim não é o material do piso, não é o mobiliário, não são nem as plantas, mas a própria luz. Os recursos podem ser uma esfera iluminada, um pórtico de luz, entre outros. Peças únicas que usam a luz como design são adequadas para esse efeito.
Falo aqui sobre iluminação e sentimento pois um projeto paisagístico assinado pela Tinto Arquitetura Paisagística tem que ter alma. E neste sentido, como disse uma vez um dos organizadores da Casa Cor Minas, Ernesto Lolato; complemento em seguida que: “uma boa iluminação a gente não vê, a gente sente” e um bom jardim tem que ser sentido!
Clique e faça o seu orçamento